Braga Romana 2022 | Programação

De 25 a 29 de Maio, as ruas de  Braga voltam a ser invadidas pelo modo de viver dos ‘bracaraugustanos’, naquela que é a XVIII  edição da Braga Romana. Em 2022 evoca-se o passado da cidade fundada por César Augusto proporcionando uma viagem inspiradora por uma das páginas da história de Braga e das suas gentes.

Braga Romana 2019Braga Romana 2019 CriançasBraga Romana 2019

Para esta edição da Braga Romana 2022, a agenda  volta a ser bastante extensa. Por entre encenações, cortejos, peças teatrais, concertos, exposições e uma animação de rua que promete levar-nos de volta ao quotidiano do Império Romano. O We Braga, juntou toda a programação neste artigo, para que não perca pitada. Saia à rua e venha reviver Bracara Augusta!

Braga Romana 2019 GladiadoresBraga Romana 2019Braga Romana 2019

Programação

Reviver no Espaço

Conheça o quotidiano da cidade de Bracara Augusta através da visita e do contacto com diferentes ofícios, onde pode interagir, conviver e experimentar.

Ludi Floreales – Florália: Cerimónia de Abertura

Símbolo do eterno renascimento da Primavera, a Deusa Flora uma antiquíssima divindade Sabina do Quirinal, era cultuada pelos romanos, com grandes festejos em seu nome, Ludi Floreales ou Florália, durante a Primavera! Na imagem e descrição dos seus festejos prevalecia a multidão de várias cores, que lembram os campos e jardins floridos, faustosas e variadas grinaldas de flores encimando as cabeças, que dançando e cantando lançam pétalas de flores e algumas ervas de cheiro, perfumando as ruas e praças. A Braga Romana – Reviver Bracara Augusta, possui dos mais belos campos e jardins floridos por excelência, as suas Crianças, que em conjunto abrem as festividades com Ludi Floreales.

25 de maio | 10h00 | Palco Flora – Praça Municipal

Actio Condendi Bracaram Augustam – Rito Fundacional de Bracara Augusta

Todas as novas cidades fundadas por Roma eram precedidas por um ritual imperioso que sagrava o território e o delimitava, lançando as bases do seu ordenamento. Iniciado por altos sacerdotes, o ritual culmina com o pronunciar do nome da divina urbe de Bracara Augusta, e o protagonismo das “filhas” da deusa Vesta, que acenderão e protegerão o fogo sagrado da cidade para toda a eternidade.

25 de maio | 21h00 | Palco Apolo – Rossio da Sé

Helius – Hélius, O Deus Solar

Do acasalamento de um casal de Titãs, nasce Helius, aquele que será o condutor do carro que se ergue todos os dias no extremo oriental para se vir deitar a ocidente. Faetonte, seu filho, quis conduzir o carro solar, mas não tendo força suficiente, voava demasiado alto, causando tempestades, ou baixo, queimando a Terra. Zeus enfureceu-se e matou-o com um raio.Helius ficou inconformado, mas prosseguiu a sua rotina de unir o oriente ao ocidente, dia após dia.

26 de maio | 21h30 | Arena –  Largo do Pópulo

Bracara Augusta Triumphalis –  Cortejo Triunfal

Se durante a republica romana os triunfos enobreciam os generais, com o nascer do império eram dedicados ao imperador! Mas, em Bracara Augusta, Brácaros e Bracaraugustanos unem-se, convocando os povos da Gallaecia, para juntos coroarem com láurea de ouro, aquela que triunfa sob o olhar atento do Império, a opulenta Urbe, a própria Bracara Augusta. Num majestoso cortejo triunfal, a música, a dança, o teatro, a força, as divindades e o próprio poder imperial, atravessam a Augusta cidade onde, os espectadores são convidados a participar lançando pétalas de flores à sua passagem, num trajeto perfumado pelo incenso, onde a pompa e glória é atribuída à digna de Triunfo!

Itinerário: Avenida Central; Largo Barão S. Martinho; Rua do Castelo; Rua dos Capelistas; Rua Dr. Justino Cruz; Rua do Souto; Rua da Misericórdia e Praça Municipal.

27 de maio | 21h30

Dies Lustricus –  Batizado Romano

Aquando do nascimento de uma criança, esta era sujeita à aprovação do Pai (Pater Familias) que ao pegar nele (Tollere filium) indicava a sua aceitação!

Após aceite, somente passados oito dias para as raparigas e nove para os rapazes, ocorria o Dies Lustricus, uma cerimónia de purificação, com a dádiva do seu nome e da respetiva família, para apresentação à sociedade.

Das ofertas feitas à criança neste dia, destaca-se a Bulla, que acompanhará a criança até imposição da toga viril, no caso dos rapazes, e ao dia do casamento no caso das raparigas.

28 de maio | 16h00 | Palco Apolo – Rossio da Sé

Circus Maximus – Circo Máximo

Um espetáculo inspirado naqueles lutadores quase mitológicos que ancoraram sua existência na glória da vitória ou da morte na arena do circo. Guerreiros do espetáculo que farão vibrar a arena demonstrando a sua habilidade a cavalo, a sua bravura na batalha e sua habilidade na corrida de bigas romanas.

28 de maio | 21h30 | Arena –  Largo do Pópulo

29 de maio | 18h30 | Arena –  Largo do Pópulo

Romanae Nuptiae – Casamento Romano

Um casamento romano era sinónimo de festa e alegria e, na grande maioria dos casos, de grandes alianças políticas e económicas. O ritual da cerimónia é recheado de momentos simbólicos da mitologia clássica, como também de notáveis partes lúdicas que durante o banquete deliciam os noivos e seus convidados.

29 de maio | 17h00 | Palco Apolo – Rossio da Sé

Romana Funera – Funeral Romano

Após a morte, os romanos cumpriam o ritual de expor o corpo para velação pública. Seguia-se o cortejo fúnebre que, chorado por “carpideiras” e embelezado pela pompa, percorria as principais vias da cidade até ao local da cremação, onde aí cumpria a sua função de apoteose.

29 de maio | 21h00 | Palco Plutão – Largo D. João Peculiar

Música

“Auribus Teneo Lupum” – Cabra Çega

A Cabra Çega nasceu na cidade de Braga fruto da vontade de um grupo de amigos fazerem música utilizando a gaita de fole e instrumentos de percussão tradicional portugueses misturando ritmos e sons contemporâneos que influenciam cada um dos seus elementos. A energia da Cabra transforma os sítios onde passa, seja num festival, numa feira ou numa sala de espetáculos a Cabra vai fazer a festa!

 

Concerto “Terpsicore” – Curinga & Magda Nour Alkamar

No âmbito de recriar o universo artístico romano, Curinga & Magda Nour Alkamar
vão experienciar a música e a dança, vão fingir, imaginar, fantasiar, experimentar, mudar de valor, representar qualquer outro, remexer e trabalhar de novo, criando no momento o elo entre o passado e o futuro.

 

“Rast Em Tempos De Bracara Augusta” – Rast Ensemble

Neste concerto os Rast apresentam uma síntese do seu trabalho desenvolvido nos últimos anos abordando um repertório onde terão originais como “Sopro de Vide” e clássicos do seu repertório como “Sevdas” vindo do repertório tradicional greco/turco/otomano, entre outros…
Acompanhados pela dança sempre original dos seus bailarinos Marta Machado e Horus Mozarabe.

 

“Soni Suebiai” – Sons Da Suévia

Conhecidos pelo espírito alegre e animado, o grupo de música Sons da Suévia apresenta-se em Braga – sua casa – de forma a chegar ao maior número de pessoas que se queira divertir nesta edição da BRAGA ROMANA e àquelas que acima de tudo, procuram partilhar bons momentos musicais (re)vivendo sonoridades e a própria Bracara Augusta.

 

“Nas Cordas do Tempo” – Helena Madeira

Para assinalar a edição deste ano da Braga Romana, Helena Madeira irá apresentar um concerto de canto e harpa associado às sonoridades das liras gregas e música modal. Numa envolvência mística e relaxante, este é um concerto que convida ao usufruto das melhores experiências musicais relembrando o Império Romano.

Teatro

Fabulas Et Fabulae – Teatro Planalto

Bracara, cidade gloriosa e resplandecente!
Das suas maravilhas destacam-se quatro locais que qualquer romano tem de visitar! Mas escutem… nestes locais encontrarão exímios contadores, orgulhosos por partilhar os mitos antigos, mais velhos que o próprio Império! Vem conhecer estas fantásticas histórias, pelas bocas dos cidadãos de Bracara Augusta! Uma mini-série de quatro pequenos episódios, para pequenos e graúdos!
Interpretação: Bárbara Duarte, Eduarda Lopes, Filipa Silva, Sofia Lopes.
Escrito e Realizado por: Bruno Laborinho
Rodagem e Pós-Produção: Bruno Laborinho
Episódio I
“PROSERPINA E A PRIMAVERA”, Interpretado por: Eduarda Lopes
A 31 de maio todo o romano se enche de alegria e elabora um festival em honra da incrivelmente bela Proserpina, liberta das amarras de Plutão. Uma viajante, comerciante ambulante, dá o mote de arranque com uma lenda que nos ensina o porquê de existirem as estações e da primavera ser tão deslumbrante.

Episódio II

JÚPITER E A ABELHA”, Interpretado por: Filipa Silva
Devemos procurar ser felizes com a vida nos fornece. Egoísmo e ambição desmedida nunca dão bons resultados. É essa mensagem que uma escrava das Termas nos transmitirá com um mito que envolve uma pequena abelha, o seu mel e o grandioso Júpiter.

Episódio III

“ERISICTÃO E A FOME” (Interpretado por: Bárbara Duarte) Uma camponesa ensina a importância do respeito pela natureza, da ponderação e da humildade, num conto arrepiante sobre um antigo rei Grego, de eras antigas.

Episódio IV

“RÓMULO E REMO” (Interpretado por: Sofia Lopes) Uma senhora de classe alta conta a lenda mais famosa de todas: aquela que levou à fundação de Roma e de toda a glória que, a partir dela, brotaria. A partir da sua domus, Domitia, domina da casa da família Romilia, encerra a série com particular sedução.

Lenda de Rómulo e Remo

Academia TIN.BRA

Esta é a história, baseada na lenda de dois irmãos gémeos, Rómulo e Remo, filhos de Marte e de Reia Sílvia. Conta o percurso de como chegaram a ser amamentados por uma loba e de como um deles fundou a imponente cidade de Roma, tornando-se o seu primeiro Rei

 

Dança e Artes Performativas

“Radix Divina”

pelas companhias BACKSTAGE & MALATITSCH

Nos últimos dois anos, o foco que dirigíamos em busca de uma verdade através dos avanços da ciência e da tecnologia, foi inúmeras vezes interrompido pela força de um vírus inesperado. O vírus n ão só afetou a nossa vida social, obrigando-nos a distanciar-nos fisicamente, mas também nos fez observar o que o planeta tinha como resposta à nossa paragem forçada: em áreas que deixámos momentaneamente de ocupar, o céu tornou-se um pouco mais limpo, as águas mais transparentes, e em certos locais surgiram animais que há muito não eram vistos. Tais acontecimentos evocam agora em nós questões sobre que tipo de relação deverá existir entre o homem e a natureza. Nos nossos antepassados era a religião que respondia a estas questões. Os Romanos honravam os Deuses que por sua vez favoreciam as colheitas, a saúde, a proteção e a harmonia e para além do Panteão, todas as formas da natureza eram divinizadas e por isso respeitadas e adoradas. Nestes dois vídeos iremos dar a conhecer histórias sobre Deuses e divindades que os Romanos veneravam através de rituais, festas, danças e evocações, reavivando assim a memória de que o homem e a natureza são uma e a mesma coisa. Co-produção: Backstage / Malatitsch Vídeo, Edição e Música: Wise Brand Films e Miguel Quitério Coreografias: Carmen Viegas e Rosália Passinhas Bailarinos Backstage: André Araújo, Clara Correia, Inês Barroso, Inês Lozano, Júlio Cerdeira, Rosália Passinhas Performers: Chandra Malatitsch, Bruno Sousa, Carmen Viegas, João Gonçalves

“Nymphae” (Episódio I)

“Nox” (Episódio II)

Sítios Visitáveis

Aproveite a Braga Romana para voltar a visitar museus e espaços arqueológicos que nestes dias se enchem de vida e novas experiências.

Braga Romana 2019

MUSEU DE ARQUEOLOGIA D. DIOGO DE SOUSA

Em 2018 o Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa comemora 100 anos de existência. O museu possui uma coleção de peças arqueológicas recolhidas no âmbito de projetos de investigação desenvolvidos, quer na cidade de Braga, quer na região do Minho. O visitante para além de ficar a conhecer os vestígios da ocupação antiga, desde o Paleolítico até à Idade Média, pode também aqui encontrar informação acerca de alguns dos sítios arqueológicos visitáveis na nossa região. O serviço educativo do museu realiza atividades para as escolas, grupos, famílias e jovens. Possui loja, cafetaria, biblioteca e jardim, de acesso livre.

Em 2018 o Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa comemora 100 anos de existência. O museu possui uma coleção de peças arqueológicas recolhidas no âmbito de projetos de investigação desenvolvidos, quer na cidade de Braga, quer na região do Minho. O visitante para além de ficar a conhecer os vestígios da ocupação antiga, desde o Paleolítico até à Idade Média, pode também aqui encontrar informação acerca de alguns dos sítios arqueológicos visitáveis na nossa região. O serviço educativo do museu realiza atividades para as escolas, grupos, famílias e jovens. Possui loja, cafetaria, biblioteca e jardim, de acesso livre.

Localização: Rua dos Bombeiros Voluntários
Contactos: Tel. 253 273 706, 253 615 844 | mdds@culturanorte.gov.pt | www.culturanorte.gov.pt
Horário: terça-feira a domingo – 10h00/17h30

FONTE DO ÍDOLO

Localizada no centro de Braga, é um santuário rupestre que exibe uma frente vertical talhada num afloramento granítico, na qual foram esculpidos relevos figurativos e inscrições, funcionando com fontanário. Tudo indica que teve origem pré-romana, tendo sido consagrada à deusa Nabia, como divindade principal e a Tongus Nabiagus, seu parceiro, por um imigrante, originário da cidade de Arcobriga, chamado Celicus Fronto. Descoberta entre finais do século XVII e as primeiras décadas do século XVIII, a Fonte do Ídolo foi dada a conhecer em 1728, tendo servido durante mais de um século como parede de um tanque integrado nos jardins de uma casa. Estudada e publicada em 1905 por José Leite de Vasconcelos, a Fonte viria a ser classificada como Monumento Nacional, em 1910, tendo sido objeto dos primeiros trabalhos de valorização em 1937, realizados pela Direção Geral dos Monumentos Nacionais. Em 2002, o monumento foi objeto de uma profunda intervenção tendo sido encerrado num edifício que passou para a posse da Câmara Municipal de Braga, em 2006. A fachada da Fonte do Ídolo exibe uma figura togada em relevo e uma edícula, com um busto no seu interior. A figura togada está saliente em relação ao plano vertical da fonte, facto que implicou o desbaste do granito para lhe conferir o adequado volume. Por sua vez, na parte nascente da fonte foi esculpida uma edícula, rebaixada cerca de 12 cm em relação à superfície, facto que confere a ilusão de profundidade ao busto esculpido no seu interior. Este está ligeiramente descentrado, aparentando retratar um personagem jovem, vestido com uma túnica de gola larga, em forma de V. No interior do tímpano foram esculpidos dois elementos que se presumem corresponder a uma pomba e a um martelo ou maço.

Localização: Rua do Raio
Contactos: Tel. 253 218 011 | fonte.idolo@cm-braga.pt
Horário: 19 a 21 de maio, das 09h30 às 17h30 | 22 e 23 de maio, das 11h30 às 17h30 | Durante o ano: segunda a sexta-feira: 9h30/13h00 — 14h00/17h30 | Sábado:11h00/17h30 | Encerra aos domingos e feriados

DOMUS DA ESCOLA VELHA DA SÉ

No contexto de um projeto promovido pela Câmara Municipal de Braga de reformulação do programa arquitetónico do interior do edifício da Antiga Escola da Sé, atual União de Freguesias da Sé, Cividade e Maximinos, foram realizadas, naquele espaço, entre 1998 e 2003, escavações arqueológicas, dirigidas pelo Gabinete de Arqueologia do Município de Braga. Esta intervenção arqueológica identifica vestígios correspondentes a parte de uma casa romana, bem como estruturas associadas ao sistema defensivo medieval da cidade de Braga. Pela interpretação dos vestígios arqueológicos sabe-se que a casa romana (domus), teve origem no século I sofrendo entre o século III e inícios do século IV profundas alterações, sendo então dotada de um balneário privado, novos compartimentos e corredores, que foram revestidos com mosaicos de composição geométrica. O atual espaço arqueológico musealizado, encontra-se preparado para receber visitas, dispondo de meios interativos para contar a história da evolução arquitetónica do sítio.

Localização: Rua D. Afonso Henriques, 1
Contactos: Tel. 253 203 150 | arqueologia@cm-braga.pt
Horário: 19 a 21 de maio, das 09h30 às 17h30 | 22 e 23 de maio, das 11h30 às 17h30 | Durante o ano mediante marcação prévia: arqueologia@cm-braga.pt

TERMAS ROMANAS

Descobertas numa intervenção arqueológica, conduzida pela Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, realizadas entre 1977 e 1999, as termas romanas localizam-se dentro de uma ampla área vedada, no Alto da Cividade, União de Freguesias da Sé, Cividade e Maximinos. A interpretação dos vestígios com elas relacionadas, permitem afirmar que o edifício foi construído nos inícios do século II, e que possuía uma forma retangular com cerca de 40m de comprimento por 12m de largura. No seu interior, existiam vários compartimentos frios e quentes que possibilitavam aos seus frequentadores circularem entre espaços frios e aquecidos. A poente localiza-se a palestra, isto é, um espaço destinado a exercício físico. Em 1999, foi identificado nos mesmos terrenos, a norte do edifício termal, vestígios arqueológicos relacionados com um teatro (ainda não totalmente escavado), cuja construção deverá ter acontecido simultaneamente à das Termas, encontrando-se, deste modo, a elas associado. No espaço arqueológico do Alto da Cividade é possível atualmente visitar os restos arqueológicos das termas romanas encontrando-se o seu espaço de receção pública dotado de um dispositivo interativo que permite ao visitante perceber a evolução do edifício e funções dos diversos espaços que o compunham.

Localização: Rua Dr. Rocha Peixoto
Contactos: Tel.253 278 455 | termas.romanas@cm-braga.pt
Horário: 19 a 21 de maio, das 09h30 às 17h30 | 22 e 23 de maio, das 11h30 às 17h30 | Durante o ano: segunda a sexta-feira — 9h30/13h00 — 14h00/17h30 | Sábado — 11h00/17h30 | Encerra aos domingos e feriados

MUSEU PIO XII

O Museu Pio XII faculta ao visitante um passeio pela história, contada desde o período do Paleolítico até à Idade do Ferro, desde a romanização até à era cristã. Cada época é documentada com abundantes vestígios. Por entre o que expõe merecem destaque um gladiador (em bronze), um grandioso dolium e um mosaico romano, este resultante de escavações no Claustro do Seminário Conciliar de S. Pedro e S. Paulo. Essas escavações puseram a descoberto uma Domus romana.

Localização: Largo de Santiago
Contactos: Tel. 253 200 130 | geral@museupioxii.com | www.museupioxii.com
Horário: terça a domingo, das 09h30/12h30h — 14h30/18h00

LARGO DE S. PAULO

Em 1998, quando se procedeu à desmontagem do anterior pavimento do Largo de S. Paulo foram identificados vários muros romanos. Na impossibilidade de se realizar uma escavação arqueológica em área, os muros foram desenhados e fotografados pela Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, tendo sido decidido que ficariam assinalados no atual pavimento. O posicionamento dos muros na malha da cidade romana, permite saber que se integravam num quarteirão residencial, devendo fazer parte de uma domus (casa familiar). As suas características construtivas, e o facto de alguns deles recobrirem o espaço da rua, permitem considerar que as estruturas pertencessem a dois momentos de ocupação distintos. Os muros mais antigos datarão dos séculos I/II (Fase I) e formalizam vários espaços associados ao quadrante noroeste da casa, sendo provável que alguns correspondessem a lojas que se abriam para um pórtico. Tal como aconteceu noutras domus melhor conhecidas da cidade, o espaço do pórtico parece ter sido construído no século IV, verificando-se que a habitação se ampliou sobre a rua, o que pode ter ocorrido já nos séculos V/VI (Fase II).

Localização: Largo de S. Paulo

SEMINÁRIO DE SANTIAGO

As escavações realizadas na década de 60 do século passado, no claustro do edifício do Seminário de Santiago, sob a orientação do Cónego Luciano dos Santos, permitiram identificar vestígios de uma casa romana (domus). Os vestígios que correspondem ao peristilo da casa romana, são ainda compostos por um pequeno tanque que se encontrava revestido de mosaicos e ladeado com tijoleiras. O mosaico, datado dos séculos III/IV, apresenta temática relacionada com fauna marinha, sendo da mesma época, os vestígios de um balneário privado da casa.

Localização: Largo de Santiago

EX-ALBERGUE DISTRITAL

Entre 1982 e 1997 foram realizadas várias sondagens arqueológicas no logradouro do Ex Albergue Distrital (Casa Grande de Santo António das Travessas), uma vez que, pretendiam instalar aí os serviços de uma biblioteca. As escavações permitiram identificar várias estruturas romanas associadas a uma domus (casa familiar), que se situava a nascente de uma larga via porticada, identificada como sendo o cardo máximo da cidade romana. No lado poente da via localizava-se outra domus, da qual apenas conhecemos os vestígios do pórtico, sinalizados pelos silhares que se conservam no exterior do edifício, tendo outros, sido integrados no interior. Sob o cardo máximo corria uma grande cloaca, construída em meados do século I, que drenava as águas sujas para fora da cidade. Encontramos-nos numa zona privilegiada da cidade romana, situada nas imediações do forum, que deve ter sido urbanizada a partir de meados do século I. Os vestígios de estruturas permitem caracterizar parte da planta da domus, com várias lojas abertas ao pórtico que se dispunha ao longo do cardo máximo. As sucessivas remodelações da casa são mal conhecidas, mas tudo aponta para que tenha sido abandonada na Antiguidade Tardia, ao contrário do cardo máximo que continuou a funcionar como eixo viário periférico das cidades medieval e moderna, sendo então conhecido por Rua do Couto do Arvoredo.

Localização: Edifício da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva — Rua de S. Paulo, 1

BALNEÁRIO PRÉROMANO DA ESTAÇÃO DE CAMINHOS-DE-FERRO

Identificado em 2003, por trabalhos arqueológicos realizados pela Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho, no âmbito das obras de remodelação da estação de caminhos-de-ferro, trata-se de um balneário pré-romano, destinado a banhos de vapor rituais. Era composto por um forno, uma sala de vapor e uma sala intermédia com bancos corridos. A parte conservada do monumento foi musealizada e integrada no atual edifício da estação de caminhos-de-ferro. No local, existe informação relativa à função e ao modo de utilização do balneário, podendo, assim, ser visitado livremente e durante o horário de funcionamento do edifício da estação.

Localização: Edifício da Estação de Caminhos-de Ferro – Largo da Estação
Contactos: Câmara Municipal de Braga | Gabinete de Arqueologia — 253 203 150 | arqueologia@cm-braga.pt

FRIGIDEIRAS DO CANTINHO

Os vestígios exumados aquando das sondagens arqueológicas realizadas em 1996, pelo Gabinete de Arqueologia da Câmara Municipal de Braga, no subsolo deste estabelecimento comercial, no contexto de obras de remodelação promovidas para o interior deste imóvel. Atualmente, encontram-se musealizadas, sendo a sua observação possível através de um pavimento em vidro, que constitui o piso do estabelecimento. Trata-se de estruturas arqueológicas, datadas dos séculos III — IV/V, que correspondem a uma habitação da época romana, onde é possível visualizar um corredor de distribuição a outros compartimentos, entre os quais, se observa restos de um hipocausto, certamente pertencentes ao balneário da casa.

Localização: Largo São João do Souto, 1
Contactos: Tel. 253 141 065
Horário: O conjunto pode ser visitado dentro do horário de funcionamento normal do estabelecimento.

INSULAE DAS CARVALHEIRAS

As escavações realizadas pela Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho entre as décadas de 80 e 90 do século passado, terminadas em 2000, permitiram descobrir as ruínas de um quarteirão residencial da cidade romana, delimitado por ruas, ladeadas de pórticos. Objeto de sucessivas remodelações a casa Insulae (quarteirão) das Carvalheiras conheceram a sua última ocupação entre os séculos VIII/IX. O projeto construtivo mais antigo data das últimas décadas do século I e está representado por uma elegante Domus (casa familiar), de átrio e peristilo, que se desenvolve em duas plataformas distintas. Umas décadas mais tarde, em meados do século II, a metade norte da casa foi alterada na sua funcionalidade, devido à construção de um balneário público, situado na parte noroeste. A área envolvente foi igualmente alterada, com o antigo peristilo a ser transformado em palestra e os espaços envolventes em lojas. A partir de então só a parte sul do quarteirão permanece ocupada como habitação, a qual, jamais vai recuperar o requinte da habitação original.

Localização: Largo das Carvalheiras

INSCRIÇÃO ROMANA DA FACHADA DA SÉ

Na parte lateral da fachada da Sé Catedral, no lado sul da porta, encontra-se integrado um bloco granítico com uma inscrição romana, hoje praticamente irreconhecível devido à degradação da superfície da pedra. Desconhece-se o local onde foi encontrada, embora seja referida já no século XVIII por Jerónimo Contador de Argote.

Localização: Rua D. Paio Mendes

INSCRIÇÃO DEDICADA A ÍSIS

Integrada numa parede exterior da Sé Catedral, Rua da Nossa Senhora do Leite, encontra-se uma inscrição romana, conhecida desde o século XVIII, que evoca o culto da deusa Ísis em Bracara Augusta. A inscrição datada do século II foi dedicada por uma personagem importante de Bracara Augusta de nome Lucrécia Fida, que ocupava o cargo de sacerdotisa de Roma e de Augusto. É possível que a inscrição pertencesse a um templo que poderia localizar-se nas imediações da atual Catedral, uma área periférica da cidade romana onde se pensa ter existido também um mercado. O culto a Ísis, divindade de origem egípcia, difundiu-se na Hispânia a partir do século II e era essencialmente feminino, encontrando-se associada à abundância, à magia, à natureza e à maternidade.

Localização: Rua Nossa Senhora do Leite

INSCRIÇÃO ROMANA DA FACHADA DO LARGO D. JOÃO PECULIAR

Inscrição romana monumental fragmentada, datada entre 2 a.C. e 14 d.C. Vários investigadores defendem que a inscrição pode ser interpretada como um bidental, testemunhando, por isso, a refundação da cidade devido à queda de um raio, que teria supostamente atingido um lugar emblemático da cidade.

Localização: Largo D. João Peculiar

Animação Ambulante

LUSTRATIONES: ANIMAÇÃO AMBULANTE

25 a 29 de maio

Personagens inspiradas na mitologia romana, artes e ofícios e outras figuras do imaginário invadem a Opulenta Bracara Augusta e interagem por todo o Mercatus. Arenas de Rua, performances itinerantes de comédia grotesca, música, rituais ao sol, tributo aos deuses, malabares de fogo, desfiles, passeios de biga, leituras de contos e lendas, aluguer de escravos, vendedores ambulantes, encantadores de serpentes e bailarinas que deambulam pelas ruas e praças, honrando o Deus Lupercus fazem da Braga Romana uma paródia hilariante e uma viagem de 2000 anos mágica e fantasiosa.

Augúrios: adivinhos através da leitura de auspícios nos voos, canto e nas vísceras de uma ave.

Feiticeiro Zoio: os mistérios e o encanto do trabalho de um feiticeiro e dos seus arrepiantes répteis.

Anyma: um corcunda disforme e uma leprosa vagueiam em busca de comida, moedas e um pouco de atenção.

Os Aguadeiros: tentam aliciar as pessoas a provar a maravilhosa água que carregam iludindo-os aos benefícios que esta pode trazer, em troca de algum ouro.

Aluguer de Escravos: escravos vindos de todo o Império são apregoados e leiloados.

Táxi Romano — Liteira: os visitantes podem alugar uma liteira transportada por escravos.

Patrulha da Legião: a Legião VI Vitrix realiza patrulhas pelo Mercado.

Curandeiros: viajam errantes, trazendo novidades dos mundos mais longínquos.

Isolda e Gárgula: divertidas figuras do imaginário encantam pelas ruas de Bracara Augusta.

Gladiadores: seguindo a saudação ‘Ave caesar morituri te salutant’ os Gladiadores em busca de perdão lutam pela sobrevivência. Retiarius, Dimachaeri, Mirmillon, Tracio, Homoplachi, Scissor são alguns dos gladiadores que percorrem as ruas de Bracara Augusta.

Tudo por uma patrícia: dois legionários lutam pelo amor de uma patrícia muito bela.

A arca da Fortuna: na floresta há uma arca que põe à prova a natureza humana.

Medicus: um médico com todo o seu conhecimento em medicina e acompanhado por uma curandeira e as suas mezinhas que aplica com fins terapêuticos naqueles que sofrem de alguma maleita. A par deles um cirurgião tenta a todo o custo tornar-se aprendiz do Medicus, mas nada lhe corre bem.

Os Gordos: três espaçosos brácaros procuram comida em toda a civitas.

Latrinarum Curatores: os cómicos latrineiros convidam o público a utilizar latrina ambulante.

Filhas de Hades: demónios e Espíritos, os seres do submundo e de Hades, que representam os medos do quotidiano romano.

Rameiras de Baco: mulheres, de cabelos ao vento e sorrisos inebriantes, exageradas e eufóricas, verdadeiras profissionais da sedução.

Faunos e Ninfas: criaturas fantásticas e ninfas da floresta.

Druidas: curandeiros ou médicos que percorrem o mercado com as suas poções.

Cupidos: espalham o amor por todo o mercado.

Vigiles-Cohortes Vigilum: zelam pela população garantindo que o fogo não estrague a festa.

Família Vroculis: família de vendedores ambulantes contadores de histórias e lendas.

E pelas ruas de Bracara Augusta deambulam os viciantes Tá, Tás!

Fotos retiradas da página de Facebook do Município de Braga

 

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