Encontros da Imagem – 30 anos

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Este ano o Festival Encontros da Imagem celebra 30 anos desde a sua fundação! Todos os anos durante os meses de setembro e outubro este festival ocupa edifícios históricos, museus e galerias da cidade de Braga, onde diversas exposições esperam a visita dos amantes de fotografia.

O Festival decorre de 15 de setembro a 29 de outubro com uma programação que inclui trabalhos de 55 artistas, nacionais e internacionais, distribuídos por 49 exposições em 19 espaços diferentes. Por se tratar de uma edição de celebração: Encontros da Imagem – 30 anos, a edição deste ano não tem um tema específico.

Uma das maiores referências nacionais da cultura fotográfica, o Festival Encontros da Imagem tem crescido a cada edição e o seu sucesso já se destaca a nível internacional, sendo considerado um dos festivais de fotografia mais antigos da Europa.

Em 1987, aquando da primeira edição dos encontros da imagem, o panorama nacional e internacional era bastante distinto. O número de autores, particularmente nacionais, era escasso pelo que o festival tentou, através do número reduzido de exposições, exibir autores clássicos, essenciais ao conhecimento e compreensão da história da fotografia, e autores contemporâneos incontornáveis.

O Festival Encontros da Imagem decorre em Braga e no Porto, sendo este ano alargado à cidade de Barcelos, Guimarães e Vila Nova de Famalicão:

  • Braga – 39 Exposições
  • Guimarães – 3 Exposições
  • Barcelos – 2 Exposições
  • Famalicão – 1 Exposição
  • Porto – 4 Exposições

Nos dias de hoje a imagem e fotografia conquistam cada vez mais públicos, exercendo um enorme poder sobre a sociedade. Veja de seguida todas as exposições e autores que pode ver na cidade de Braga.

 

>> Estação Galeria

Localização: Largo da Estação, nº40, sala 5
terça a sexta-feira: 10h00-13h00 e14h30-18h30
sábado e domingo: 14h00-18h00
segunda-feira e feriados: encerrado

 

DAFNA TAL – “Reaction: An Inter-Religious Experiment”

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O projeto “Reaction” procura perceber como as pessoas reagem aos sons de diferentes religiões. Perto do portão Jaffa em Jerusalém, moradores e visitantes da cidade foram convidados a entrar num estúdio escuro onde iriam escutar sons de rezas tradicionais de Muçulmanos, de Judeus, e de Cristãos.

DELPHINE BURTIN – “Le Point Aveugle”

Um estudo em torno do objeto, da geometria e do espaço, onde Delphine Burtin tenta com que nos questionemos sobre a nossa relação com o tangível. Uma instalação onde o espetador navega entre a ilusão e a realidade, e se questiona sobre o que está a percecionar: reflexões e imagens indiretas, espelhos e decomposições, fragmentos e interpretações.

EUI-JIP HWANG – “Live your dream”

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Através de foto colagens digitalmente manipuladas de arquivos de imagens do antes e depois, anúncios de beleza, e guias sobre cuidados masculinos, “Live your dream” explora a renovação da identidade coreana da Coreia do Sul e a sua cultura popular.

 

>> Galeria da Estação CMB

Localização: Largo da Estação, nº40
terça a sexta-feira: 10h00-13h00 e 14h30-18h30
sábado e domingo: 14h30-18h30
segunda-feira e feriados: encerrado

 

MARIA STURM – “You don’t look native to me” (Sala 1)

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“You don’t look native to me” mostra fragmentos da vida de jovens nativos americanos de Pembroke, Robeson County, e Carolina do Norte. O projeto consiste em retratos, paisagens e lugares, interiores, natureza morta e situações, que mostram como os nativos americanos, com especial foco nas gerações mais novas, se auto-representam e a sua evolução ao longo do tempo.

ANNA JORNET PUIG – “Ilê” (Sala 1)

“Ilê” retrata uma família que decidiu mudar-se para uma casa isolada nas montanhas, e as implicações de escolher uma vida em contacto com a natureza e fora do que é aceite como normal pela sociedade.

JACEK FOTA  – “Pkin” (Sala 2)

PKiN significa Pałac Kultury i Nauki, e é a abreviatura do nome polaco do Palácio da Cultura e da Ciência da capital do país, Varsóvia.  Este edifício, que possui mais de 3200 quartos, inclui na sua construção requintados acabamentos feitos por artesãos da Polónia e da União Soviética. As imagens mostram esta enorme estrutura como ela é na atualidade.

PABLO-MARTÍN CÓRDOBA – “L’Inter Code” (Sala 3)

“L’inter-code” explora as possibilidades e os limites da ciência e a sua materialização na tecnologia, numa animação que utiliza textos e imagens.

TÂNIA DINIS – “Laura” (Sala 4)

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Um trabalho de pesquisa e recolha de arquivos fotográficos familiares, que explora a ideia de imagem, do tempo que passou, e do tempo que não passou.

ANJA BOHNHOF  – “Daily Constructions” (Sala 5)

Tal como em Portugal, as telenovelas diárias também são um programa muito popular na Índia. Os custos de produção destas telenovelas costumam ser baixos por utilizarem poucos cenários e o mobiliário destes espaços reflete o as casas da classe média e média alta da Índia. “Daily Constructions” pegou neste tema e explorou estes programas televisivos, mostrando mais detalhes do que os que vemos nas filmagens, com especial destaque para os cenários utilizados.

REA PAPADOPOULOU  – “Dark Tree” (Sala 6)

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Nas margens do Rio Kifissos em Atenas já existiu um grande olival. No entanto, a instalação de indústria pesada durante o século XIX pôs fim a este imenso jolival e agora apenas crescem ervas daninhas e árvores autóctones.

ANTÓNIO GUERRA – “Ver de Accion” (Sala 7)

Ver de Accion” estuda os limites entre o natural e o cultural, proporcionando aos visitantes uma experiência com a paisagem e uma interação com o espaço.

 

>> Museu D. Diogo de Sousa

Localização: Rua dos Bombeiros Voluntários
terça a domingo: 10h00-17h30
segunda-feira: encerrado
feriados: aberto

 

TIAGO COELHO – “O Marketing”

Através de retratos, este projeto revela os personagens que estão por trás dos anúncios urbanos fixados ao longo das ruas das grandes cidades brasileiras.

FRANKY VERDICKT – “The Frontline relies on you”

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Depois da guerra civil que terminou em 1949 podemos considerar que passaram a existir duas Chinas, a República Popular da China e a República da China mais conhecida como Taiwan. As questões de independência e relacionamento, o confronto militar e político, o contato limitado e as instabilidade geram emoções fortes e incertezas entre os habitantes destes locais.

 

>> Museu da Imagem

Localização: Campo das Hortas 35-37
terça a sexta-feira: 11h00-18h30
sábado e domingo: 14h30-18h30
segunda-feira e feriados: encerrado

 

DANIEL MOREIRA E RITA CASTRO NEVES – “Laking and Seeing”

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Na exposição poderá ver imagens do verão junto ao lago e do inverno junto ao mar da Finlândia e de locais de Portugal. Estes dois locais são o ponto de partida para pensar a paisagem como lugar de metáfora, sobre a interiorização da ideia de paisagem exterior, a partir de uma paisagem transformadora e em transformação.

 

>> Salão Medieval da Reitoria da Universidade do Minho

Localização: Largo do Paço
segunda a sexta-feira: 9h00-13h00 e 14h00-18h00
sábado e domingo: 14h00-18h00
feriados: encerrado

 

LYDIA PANAS  – “Promise Land”

Durante mais de uma década Lydia Panas fotografou famílias e indivíduos, explorando a interação humana e os relacionamentos. Ao longo do tempo as suas fotografias focaram-se mais nas mulheres e raparigas, e as imagens de “Promise Land” procuram mostrar os conflituosos sentimentos em torno da feminilidade.

 

>> Edifício do Castelo

Localização: Rua do Castelo
terça a sexta-feira: 10h00-13h00 e 14h30-18h30
sábado e domingo: 14h30-18h30
segunda-feira e feriados: encerrado

 

PAWEL STARZEC – “Makeshift” (Sala 1)

“Makeshift” é um projeto que tenta reescrever a história da Bósnia e Herzegovina, em relação à guerra da Bósnia.

JOHN PAUL EVANS  – “Till Death Do Us Part” (Sala 2)

“Till death us do part” é uma série de imagens e situações absurdas sobre o ambiente doméstico e o casamento.

ROBERTO FERNÁNDEZ IBÁNEZ – “Mountains of Uncertainty” (Sala 3)

“Sempre gostei de paisagens, tanto as naturais como as imaginárias. Caminho fisicamente nas primeiras e mentalmente nas segundas. Há algo que me seduz na estética dos gráficos e na sua geometria variável. Montanhas naturais e gráficos matemáticos: paisagens semelhantes em aparência, contudo opostas na essência.” – Roberto Fernández Ibánez

ANDREAS TSCHERSICH – “Peripher” (Sala 4)

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Nos trabalhos de Andreas Tschersich o epónimo “Peripher” funciona como um momento estrutural, estético e mental. Retratando paisagens urbanas nas quais as pessoas, a preservação, os hábitos e os costumes permanecem escondidos, a artista recorre a um método de montagem digital invisível ao espetador, procurando manter o seu trabalho tão próximo do “olhar humano”.

JACQUIE MARIE WESSELS – “Garage Still” (Sala 5)

Para este projeto a autora visitou oficinas em vários locais do mundo descobrindo diferentes formas, objetos, texturas e pequenas diferenças culturais que podem ser encontradas nos detalhes. “Garage Stills” mostra a aparência das antigas oficinas onde o trabalho era manual e que estão a desaparecer lentamente com os avanços da tecnologia.

LOIC VENDRAME – “Future Rust, Future Dust” (Sala 6)

Este projeto inclui imagens de locais situados em vários países onde o autor explorou o impacto urbano da última crise financeira mundial, fotografando projetos de turismo que falharam, estruturas que ainda se encontram inacabadas e aquelas que nunca chegaram a ser utilizadas.

 

>> Casa dos Crivos

Localização: Rua de São Marcos nº 37 – 41
terça a sexta-feira: 10h00-13h00 e 14h30-18h30
sábado e domingo: 14h30-18h30
segunda-feira e feriados: encerrado

 

“Fault Line”

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JOÃO TABARRA E NUNO RAMALHO

Cada artista produz uma obra tendo em contas um espaço expositivo previamente determinado e uma imagem fotográfica que integra a colecção dos Encontros da Imagem.

 

>> Museu Nogueira da Silva

Localização: Avenida Central, nº 45 – 61
terça a sexta-feira:10h00-12h00 e 14h00-18h30
sábado: 14h00 e 18h30
segunda-feira, domingo e feriados: encerrado

JON GOROSPE – “Environments”

Faz parte da nossa sociedade separar e enterrar os resíduos que produzimos. As séries de “Environments” são o resultado de olhar não tanto para estes desperdícios, mas para a forma como os levamos de um lado para o outro, afastando-o de nós e do nosso contexto.

 

>> ESPAÇO B-LOUNGE DA BIBLIOTECA GERAL DA UNIVERSIDADE DO MINHO – Campus de Gualtar

Localização: Universidade do Minho, Campus de Gualtar
segunda a sexta-feira: 8:30- 20:00 (em Setembro)
sábado e domingo e feriados: encerrado

 

ULLA DEVENTER  – “I’ve Never been Big Sick”

Para este trabalho a artista colaborou por mais de um ano com 5 mulheres que trabalham como prostitutas na Bélgica. Ulla Deventer passou muito tempo com estas mulheres nos seus locais de trabalho e nas suas habitações, resultando numa exposição que revela a vida destas mulheres.

ALICE SMEETS – “The Ghetto Tarot”

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The Ghetto Tarot é uma interpretação fotográfica do tradicional trabalho de tarot no gueto, destacando a criatividade e a força dos seus cidadãos.

 

>> Convento de São Francisco de Real

Localização: Real, Braga
terça a sexta-feira: 10h00-12h30 e 14h30-17h30
sábado e domingo: 14h00-18h00
segunda-feira e feriados: encerrado

 

“Fault Line”

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TINY DOMINGOS – “projectedspace: rankings 1,2,3 e 4” – Instalação;
SÉRGIO LEITÃO  – “La carte d’après nature” – Instalação;
LEONOR COSTA – “Francis’ Trip” – Instalação Sonora;
MAURO VENTURA – “Hardcore Raver Dies In Tear After Losing Epic Dance Battle”

Cada artista produz uma obra tendo em conta um espaço expositivo previamente determinado e uma imagem fotográfica que integra a colecção dos Encontros da Imagem.

 

>> Mosteiro de Tibães

Localização: Rua do Mosteiro, Mire de Tibães
terça a domingo: 10h00 -18h00
segunda-feira: encerrado
aberto nos feriados

*Entrada paga: 1,50€

Uma exposição de 10 trabalhos que apresenta uma seleção de projetos desenvolvidos e expostos no Atelier de Lisboa entre 2009 e 2016.

CATARINA LOURA – “Mute”

“Adorava cantar… No início fui desenvolvendo a técnica e demorei alguns anos a atingir os meus objetivos. No fim perdi a técnica e a capacidade para cantar a uma velocidade estrondosa. Após a solidão veio o diagnóstico: Lesão Temporo-Mandibular. Para uma cantora é o topo das lesões incapacitantes. Foi assim que tudo começou… a busca da imagem onde me encontraria.” – Catarina Loura

CATARINA OSÓRIO DE CASTRO – “Devagar”

Se olharmos calmamente para as coisas à nossa volta, apercebemos-nos como as formas se repetem na natureza e como o Homem as interpreta e utiliza nas coisas que cria.

DAVID INFANTE – “123 90 948”

A desumanização da sociedade tem se acentuado, resultado também dos grandes desenvolvimentos tecnológicos. David Infante fotografa pessoas e a sua ausência, criando mundos paralelos, mais humanos.

FERNANDO BRITO – “Nas Hortas”

“Nas Hortas” é um trabalho onde foram investigados os processos de mudança e reinvenção do espaço, observando as diferentes formas que as pessoas tratam as suas hortas e o seu relacionamento com a terra.

JOÃO MOTA DA COSTA – “Post-Op: Four Out of Seven”

Esta exposição explora o momento em que no final de cada intervenção cirúrgica a equipa e o doente já saíram e se aguarda que a equipa de limpeza a venha prepara a sala para uma nova cirurgia.

JOSÉ CARLOS DUARTE – “Isla”

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“Havia um homem que adorava ilhas. Nasceu numa, mas ele não se encaixava, pois para além dele havia demasiadas pessoas. Ele queria a ilha toda para si: não necessariamente para estar sozinho nela mas para torná-la no seu mundo.” – D.H. Lawrence, “The Man Who Loved Islands”, 1928

NUNO ANDRADE – “Maré Baixa”

Retratos da vida na margem sul, perto de Lisboa, onde existe uma praia esquecida, banhada pelo Tejo.

NUNO BARROSO – “Ossos”

Um estudo das potencialidades de uma câmara de grande formato, explorando cada uma das imagens como um projecto em si. As imagens resultantes deste trabalho são um reflexo deste exercício e da preocupação individual no tratamento de cada imagem.

RAFAEL MALHADO – “Os dias lentíssimos…sem ninguém”

Um ciclo de imagens recolhidas na vila de Sines, espaço que serviu como um elemento testemunhal para este levantamento fotográfico.

TÂNIA CADIMA – “Clepsidra”

“Uma imagem rememorada nunca é algo pronto. Evocar uma imagem que pertence ao passado, recuperá-la, trazê-la até ao momento presente, é um exercício criativo dinâmico cujas variáveis escapam: é instável, permeável, muda a cada instante.” – Tânia Cadima

 

Outras atividades em Braga

22 de Setembro

Largo do Paço
22h00 – Projeção musicada + Concerto Virar Dasquina

23 de Setembro

Convento do São Francisco de Real
10h30 – Instameet (parcerias: @marcoandremartins e @igersporto) | Participação sujeita a inscrição prévia

30 de Setembro

Largo da Estação
10h30 – Lomowalk | Participação sujeita a inscrição prévia
Espaço Público – Largo João Peculiar
22h00 – Projeção Lens Culture + Flip Photobook Award – Moscovo, Russia

6 de Outubro

Casa dos Crivos
22h00 – Projeção LensCulture + Flip Photobook Award – Moscovo, Russia

29 de Outubro

Estação Galeria 
18h00 – Inauguração da exposição Instameet e Lomowalk
19h00 – Projeção “30 anos de Encontros da Imagem”
23h00 – Festa no bar “Sé La Vie”
Projeção Lens Culture + Flip Photobook Award – Moscovo, Russia

 

Informações uteis

http://encontrosdaimagem.com/
https://www.facebook.com/eimagem
https://www.instagram.com/eimagem/

Nota: Todas as imagens que compõem este artigo foram retiradas do website do Festival Encontros da Imagem.

 

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