Os dados estavam lançados para a realização de mais uma conferência de sucesso. Quebrando barreiras entre o mundo do design e o front-end, a Mirror Conf 2018 não desiludiu o público que esteve presente, criando um espírito colaborativo e de comunidade durante todo o evento. O painel de oradores era de primeira qualidade, com convidados dos quatro cantos do planeta, trazendo uma multitude de temáticas ao público presente na plateia da Mirror Conf.
A abertura da conferência contou com uma pequena performance, que imediatamente lançou o mote para o que iria acontecer durante dois dias no modernizado Altice Forum Braga. Com uma coreografia que nos fez viajar no tempo, através de uma time machine que mais parecia saída de um qualquer filme de sci-fi holywoodesco, o tema da conferência estava apresentado, The Future of the Web (o futuro da internet). A ideia presente durante os dois dias de conferências, era a de que para se construir o futuro da internet, se terá que ir atrás no tempo e sustentar o futuro de uma forma mais comunitária, em que os pensadores e criadores estarão em constante contacto, num espaço de colaboração e sinergia.
O arranque das conferências deu-se com Jared Spool, ilustre orador na área do design e da experiência da usabilidade, que falou de temas como a intenção do design, o conteúdo do design, a interpretação do design ou a ideia de que todos somos designers. Com uma apresentação notável e de um ritmo agradável, Jared Spool deu início à Mirror Conf 2018 com estilo e sabedoria.
Durante o resto do primeiro dia, Stephanie Troeth, Sabine van der Eijk & Alina Leuca, Arne Kittler ou Vivianne Castillo; fizeram apresentações acerca de temáticas tão distintas como a empatia, as relações entre colaboradores numa empresa ou a narrativa no design. O dia fechou com a Mirror Conf Party, que decorreu na Casa Velha no Parque da Ponte.
No segundo dia da Mirror Conf 2018, havia uma expectativa muito grande para ouvir a palestra de Mike Monteiro, o carismático guru da Mule Design e orador mestre de temáticas como a arte e o negócio do design. Quanto mais não fosse pelo título da sua talk “How to build an Atomic Bomb”.
No entanto, o dia começou com talks mais técnicas, abordando a experiência do design como algo mais pessoal e humano. Vitaly Friedman falou acerca de como devolver personalidade ao web design, Jackie Blazer trouxe novas ideias de usar CSS e Java Script para desenvolver melhores websites, Amber Case apresentou uma palestra cheia de ritmo em que questionou o excesso de tecnologia nas nossas vidas, “Será que teremos atenção suficiente para tudo o que nos rodeia?”, uma das questões levantadas por Case. Aras Bilgen partilhou estratégias para que se faça uma investigação do público alvo de uma forma mais assertiva e colaborativa, por fim, Jessica Jordan trouxe até ao palco da Mirror Conf uma ideia de como criar bandas desenhadas online utilizando a plataforma Ember.
Até que finalmente subiu ao palco Mike Monteiro e a sua ideia de que o desgin e a tecnologia deveriam ter aberto caminho para um mundo melhor, questionando as práticas que vigoram hoje em dia no universo da web. No fundo, a sua palestra versou maioritariamente acerca de como as redes sociais são “bombas nucleares”, que têm tiques de racismo e descriminação das minorias, e o que fazer para contrariar essas tendências. Sempre com um discurso bastante dinâmico e provocador, confrontando a audiência sentada na plateia com ideias irreverentes e cheias de significado.
Em traços gerais, a Mirror Conf 2018 trouxe à sua plateia novas ideias, diferentes técnicas, testemunhos e práticas para que se faça melhor design, com uma consciencialização maior daquilo que são as repercussões daquilo que criamos como produto de consumo. Venha daí a quarta edição da Mirror Conf!
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