A arte contemporânea, através da relação estreita que estabelece com a investigação tecnológica e científica, propõe a apropriação de um conjunto de ferramentas culturais, conhecimentos, táticas e estratégias que estimulam uma reflexão crítica e ética sobre a tecnologia. De modelos de dados e imagens operacionais, à Inteligência Artificial e biotecnologia, nos últimos anos, um grupo de artistas e teóricos têm criado narrativas e oferecido novas experiências sobre as potencialidades deste campo de investigação em arte e ciência. Num circuito internacional, composto por media labs, academias e instituições culturais, estes pensadores, que trabalham na intersecção entre os algoritmos e a biologia, têm levado avante um discurso interdisciplinar, que se vai articulando através de obras de arte, exposições, seminários e atividades educativas.Desta forma, procuram alargar as fronteiras dos pensamento humano e pós-humano ao diálogo com a arte, design, performance e filosofia.
É com base nesta relação entre arte, tecnologia e ciência, que a EMAP – European Media Art Platform, rede que o gnration integra desde 2022, promove esta sessão, com curadoria e moderação de Marco Mancuso. Crítico de arte contemporânea, curador e fundador da Digicult, Mancuso é doutorado em Culturas Digitais pela Universidade Iuav de Veneza e trabalha como professor catedrático da Academia de Arte de Bergamo, professor adjunto da Universidade de Bolonha e professor no Node Center for Curatorial Studies de Berlim. O seu trabalho centra-se no discurso interdisciplinar e na forma como a tecnociência influencia a sociedade e a relação entre os seres humanos e o ambiente. Esta atividade contará com conversas com o artista, cineasta e escritor Zach Blas, a artista e biohacker Heather Dewey-Hagborg e Jussi Parikka, professora e líder do grupo de investigação de Estéticas e Culturas Digitais, da Universidade de Aarhus, na Dinamarca.
Esta conversa será transmitida no YouTube do gnration e nesta página.
