Desde 2017 que Braga é Cidade Criativa da UNESCO no domínio das media arts, título e posicionamento que a integra numa rede de 246 cidades que colocam a criatividade no centro do seu desenvolvimento social, cultural e económico. Contribuindo para legitimação deste título está o sucesso internacional do festival SEMIBREVE, os históricos Encontros da Imagem, a oferta artística e formativa do gnration, e o crescente número de artistas a operar nesta área, mas também o OCUPA, evento promovido pela cooperativa AUAUFEIOMAU com apoio do Município de Braga e gnration.
Com o claro objetivo de promover uma perspetiva sobre a produção artística nos domínios da música eletrónica e arte digital, protagonizada por artistas oriundos ou residentes em Braga, o OCUPA apresentou já seis edições de sucesso. Para a sua sétima edição, apresenta um programa de concertos, instalações e conversas, onde artistas locais e figuras de referência internacional se cruzam.
Programa
16 dez · sexta
18:00 · conversa · Vessel e Rakhi singh · Sala de Conferências
21:30 · música · Guache · sala multiusos
22:30 · música / imagem · Clube de inverno: sessões de exploração e improvisação com Moullinex e Sofia Arriscado · blackbox
17 dez · sábado
11:00 · conversa · Emap: Marc Vilanova · sala de conferências
17:30 · música · Coletivo Vandalismo · sala multiusos
18:30 · música · Vessel + Rakhi Singh + Pluris Ensemble · blackbox
sexta + sábado
instalação · posto de escuta: mestrado em media arts uminho · pátio interior e sala de formação
Written in Fire, estreada no Aldeburgh Festival, e Paradise Lost, comissariada pelo Manchester Collective, foram duas peças em larga escala criadas por Vessel e Rakhi Singh, ambas fortemente elogiadas pela crítica e público. A relação artística entre o produtor de música eletrónica e a violinista e compositora tem sido frutífera, sendo este o ponto de partida para uma conversa.
Guache, duo de música experimental formado por Gil Fortes e Luciana Melo (RJ/BR), sediado em Braga, apresenta um universo sonoro minimal, diálogo entre estrutura e interferência, paisagem e presença a partir da prática da improvisação.
Gil explora a sobreposição de harmonia, melodia, textura, drone, ressonância, microfonia, ritmo e pulsação, numa proposição de estrutura musical. Luciana pratica improvisação a partir de interferências melódicas e ruidosas com voz, cordas, microfonia e captação de objetos do cotidiano.
Apresentação pública do Clube de Inverno, espaço informal de encontro, para exploração e improvisação nos domínios do som e imagem. Nesta sétima edição, o Clube de Inverno será conduzido pelo músico Luís Clara Gomes (Moullinex) e pela artista visual Sofia Arriscado.
Selecionado para as residências do European Media Art Platform (EMAP) no gnration, Marc Vilanova é o artista visual e sonoro catalão que trabalha a interceção entre a arte, a ciência e a tecnologia, através de instalações sonoras e de luz, performances e esculturas. Vilanova está em Braga numa residência artística em que desenvolve um novo projeto que posteriormente será apresentado no gnration e também vários espaços que integram também a rede EMAP.
Coletivo vandalismo é um projeto que surge das primeiras experiências coletivas de improvisação entre Pedro Abrantes e Valdemar Pereira. Tudo começou com o desejo de libertar a inquietação da mente e do corpo, em matéria sónica, onde múltiplas dicotomias são convidadas e capturadas. Estas ganham forma e metamorfoseiam-se através da exploração de máquinas, voz e instrumentos. Por um vasto meio de abordagens, uma miríade de paisagens são formadas, onde estruturas rítmicas, aglutinação emocional e física, fala e vocalização automática estão presentes para criar um organismo em constante evolução.
Pseudónimo de Sebastian Gainsborough, Vessel é um dos nomes mais respeitados da eletrónica na atualidade. Depois de ter atingido a notoriedade em 2011 com aclamados lançamentos para a lef_blank e Astro-Dymanics, Vessel assinou em 2012 com a Tri Angle Records, casa de nomes Holy Other e The Haxan Cloak. Em palco, juntar-se-á Rakhi Singh, violinista, diretora musical, curadora e compositora sediada em Inglaterra, que colaborou já com nomes como Steve Reich, Phillip Glass, Oliver Coates, Clark e Björk. Aos dois, juntar-se-á ainda a Pluris Ensemble, um quarteto de cordas da cidade de Braga, resultando num encontro único a convite do OCUPA.
Posto de escuta com peças sonoras desenvolvidas pelos alunos do Mestrado em Media Arts da Universidade do Minho.
16+17 dezembro, sexta e sábado
Conversa e instalações: gratuito
Classificação etária m/6 anos
Parceiros: Auaufeiomau, Município de Braga, Braga Media Arts
Bilhete diário: 5 euros
Bilhete geral: 7 euros