Fala sobre o processo de adaptação entre o homem e a natureza, num lugar e num espaço temporal lento com uma série de intervalos legíveis como linhas divisórias, como elementos de mudança. Partindo dos traços genéticos do povo sardo, e dos lugares conotados como identitários pelo imaginário coletivo, pretendemos ler através das fotografias um processo temporal ritmicamente variado, que conta as formas contínuas de adaptação do homem às inevitáveis transformações do território.
Cédric Dasesson (nascido 1984) é um fotógrafo italiano que desenvolveu uma predileção pelo estudo do território e da paisagem contemporânea. Usa a fotografia como meio de investigação, identificando um caminho de análise e leitura do espaço, interpretando as mudanças no território e sensibilizando os lugares que observa. Os seus trabalhos têm incluído exposições internacionais, integrado coleções de instituições como MUFOCO (Museo Italiano della Fotografia Contemporanea), MIBACT (Ministero dei Beni Culturali e del Turismo), Museo Nivola, Università di Cagliari, Pisa Biennale, Falía*, Biennale dello Stretto, assim como de colecções privadas. Combina a sua prática fotográfica com a educação, entre 2016 e 2018 na IED (European Institute of Design) e em 2022 na Faculdade de Arquitectura da Universidade de Cagliari. Com a sua visão sobre o mar, toca a paisagem costeira, por níveis: subaquático, da terra e do céu, é notado pelo Banco di Sardegna Foundation, publicando o seu primeiro livro autobiográfico. Mais tarde desenvolve com Sardarch e o Conservatorie delle Coste (Sardinia Region) um projecto fotográfico sobre o mapeamento do território costeiro, expondo o trabalho no Architecture Festival em Cagliari. Outro tópico que lhe interessa bastante é a análise do território rural e urbano. Em 2019 é um dos 10 fotógrafos seleccionado pelo MUFOCO e mibact para o desenvolvimento do Atlas of Contemporary Architecture com os quais pública “10 trips in contemporary architecture” e expõe na Triennale of Milan e no Museo Nazionale Romano, Palazzo Altemps em Roma. Desenvolveu projectos de identificação de construção através da residência artística Falia*. Projectos integrados com os planos urbanos de vários municípios da Sardenha com Sardarch que descrevem as características históricas e dos sseus principais actores, a população; através de diferentes campanhas fotográficas. Observa o território realizado com o Architetture Liberate 3.0 em colaboração com a Universidade de Cagliari. As suas principais publicações incluiem Level (AB Factory + Fondazione Banco di Sardegna), Di notte il mare non dorme mai (DUNP) e Costellazioni (Falía*), Oltreterra (Psicografici editore).
