Nas ruas de Kinshasa, a terceira maior cidade do continente, os artistas sensibilizam os cidadãos para os desafios que esta capital congolesa enfrenta. Num ambiente cada vez mais degradado, estes artistas questionam a profusão de bens de consumo e de lixo, reciclando e transformando-os em trajes. Reunidos num coletivo, atuam na rua, denunciando os problemas da sociedade: falta de cuidados de saúde, poluição, desflorestação e consumo excessivo. Através da junção da cultura urbana e das performances, iniciam um diálogo com os habitantes da cidade.
Nascido em 1981, Colin Delfosse cresceu em Bruxelas, Bélgica, onde vive atualmente. Licenciado em jornalismo, tornou-se fotógrafo documental em 2006, co-fundou um colectivo de fotografia que trabalhou depois com diversas agências. Como fotógrafo freelance, Delfosse mantém um grande foco em projetos pessoais e de longa duração na África Central.
Após o seu primeiro trabalho na República Democrática do Congo (DRC) sobre as eleições em 2006, passou a regressar a DRC frequentemente, focando-se em questões sociais e contemporâneas da região. O seu trabalho sobre os guerreiros voodoo de Kinshasa foi o ponto de partida para o reconhecimento internacional do seu trabalho.
Ao longo dos últimos cinco anos, Delfosse tem colaborado com a UNHCR de forma a acompanhar o fluxo de refugiados que chegam da África Central e da África Ocidental.
O seu trabalho tem sido mostrado em diferentes festivais — Łódź Fotofestival, Prix Bayeux, Lagos Photo Festival, les Rencontres d’Arles, Visa pour l’Image — e publicado em jornais e revistas tais como The New York Times, Le Monde, L’Internazionale, Society, The International Herald Tribune e Jeune Afrique.
Desde 2015, Colin Delfosse também trabalha como editor de imagem para a revista de investigação, belga, Médor, da qual é cofundador.