A Península de Yamal, no Ártico russo, detém um dos maiores campos de gás do mundo. Na verdade, o mais ambicioso projeto industrial do extremo norte está em construção na borda da Península. Esta fábrica extrairá gás da tundra. O gás será enviado para todo o mundo, e durante todo o ano, através de barco pelo mar gelado. No entanto a Península de Yamal é também povoada por uma das últimas povoações nómadas do mundo: os Nenets. Neste ambiente hostil, o ecossistema humano é simples: Grandes indústrias, pequenas aldeias e pastores de renas. As mudanças na região são uma metáfora para a situação global. Este corpo de trabalho examina as alterações causadas pelas necessidades de energia da humanidade.
Charles Xelot nasceu em 1985 em França.
Nos últimos anos, Charles Xelot tem explorado os limites do desenvolvimento da sociedade moderna. Documenta a relação entre o homem e o seu ambiente natural focando-se no impacto e nas consequências dos modos de vida contemporâneos. Charles Xelot começou por uma educação mais científica, tendo descoberto mais tarde a sua paixão pela fotografia. Como assistente de fotografia, começou por trabalhar com Ahmet Ertug, que o iniciou nas câmeras de grande formato, impressão de qualidade e o inspirou a produzir livros de fotografia. Ao longo dos anos, Charles Xelot tem colaborado com diversas empresas e fundações de arte. O seu trabalho tem sido amplamente apresentado e publicado no British Journal of Photography, na revista Le Figaro, Greenpeace entre outras. O seu interesse em questões sociais e ambientais levou-o às mais longínquas partes do mundo, ao mesmo tempo que o seu trabalho evoluiu gradualmente de um estilo documental para um mais contemporâneo. É representado pela Sitdown Gallery em Paris e pela Gallery Dumas em Megeve.