Em parceria com a Fundação Bienal de Arte de Cerveira e o festival SEMIBREVE, o gnration apresenta uma exposição que retrata a videoarte portuguesa dos anos 80.
Desde a aparição no mercado dos gravadores vídeo em formato portátil, em meados dos anos 70, os artistas tem se debruçado sobre esta nova oportunidade de produção de obras, conscientes da versatilidade da tecnologia, que permite uma linguagem para lá da simples artesania do objeto físico, transpondo barreiras identificáveis pelo próprio conceito da imagem como elemento contínuo no tempo e capaz de mobilizar o espectador transportando-o para outro mundo onde o real se confunde com a emocionalidade.
No Porto surgem os pioneiros deste modelo de arte, por volta do ano 80, entre a então Escola Superior de Belas Artes do Porto e a Cooperativa Arvore que, embora de visões estéticas diferentes, se concentram à volta de um grupo auto intitulado “VIDEOPORTO – Vídeo como forma de Arte” criado por Silvestre Pestana e Henrique Silva a que se juntaram Abel Mendes, Adriano Rangel, António Barros, Borges Brinquinho, Ção Pestana, Fernando Ribeiro, Rui Orfão e Mineo Aayamagushi.
Esta mostra pretende relatar alguns desses trabalhos que foi possíveis recuperar, já que, muitos deles, foram ainda gravados em sistemas de bobines V60H e outros formatos que, não estando ainda uniformizados no mercado, proliferavam entre os diversos produtores de material analógico.
A sua proveniência, além da ESBAP e da Arvore, é também dos arquivos da Bienal de Cerveira e a que o gnration e o festival SEMIBREVE se prontificaram a apoiar para a sua transcrição para o formato digital.
26 out – 12 jan
galeria gnration
parceiro
SEMIBREVE
Fundação Bienal de Arte de Cerveira