O Festival para Gente Sentada regressa ao Theatro Circo durante os dias 30 de Setembro e 1 de Outubro. A abertura do segundo dia será entregue à melancolia introspetiva de Valter Lobo.
Valter Lobo
Por si e contra si, Valter Lobo regressa com um novo álbum. Depois de ‘Mediterrâneo’ (2016) que se começa a afigurar como um álbum de culto no que toca à escrita de canções em português por artistas independentes, Valter Lobo apresenta um novo conjunto de canções que retratam bem e de forma romanceada a visão que o autor tem do mundo, sempre temperada por uma melancolia bem conhecida pelo número crescente de admiradores que sentem o pulsar das suas canções.
Em ‘Primeira parte de um assalto’ (2022), o músico promete mais uma viagem imersiva em que está planeado um verdadeiro roubo, até do próprio chão.
Numa época em que o mundo se esconde na penumbra, cada canção traz uma réstia de sentimentos e esperança ora para pessoas a quem nos dedicamos de amor, como ‘Para T.’, ‘Brilha na vida’ ou ‘Fizeste-me sonhar’, ora sobre uma sociedade cinzenta e automatizada, ‘O que o sol guardou’, ‘Fado Novo’ e ‘Desencanto’ são bons exemplos.
Nestes nove temas, Valter Lobo expõem-se a outro nível e isso sente-se em cada frase, notando-se todo um cuidado em fazer passar mensagens para os ouvintes com quem mantém uma ligação de extrema proximidade, capazes de provocar revoluções internas, ‘O que é a música senão som e emoção?’ Ao mesmo tempo que revela um vínculo extremamente pessoal com as canções assume-se cada vez mais como um artista verdadeiramente independente em todas as formas: do pensamento e composição até à forma de comunicar, sem moda ou apropriação estilística.
‘Trabalhar e ter o controlo de todo o processo de criação e produção de uma obra artística traz-me uma experiência muito mais intensa, valiosa e uma ligação impossível de romper. É mais uma prova de que existi.’