O britânico Fred Frith dispensa grandes apresentações para o universo da música improvisada. Pioneiro na arte da improvisação livre, a carreira do compositor e multi-instrumentista remonta ao final da década de 60 e à Universidade de Cambridge, quando decidiu fundar os seminais Henry Cow, banda de rock experimental que se pautava por uma postura contra a indústria da música de então. No final dos anos 70, Frith mudou-se para os Estados Unidos da América e aí começou a erguer colaborações com músicos experimentais sediados em Nova Iorque, como o violoncelista Tom Cora, a harpista Zeena Parkins, o saxofonista John Zorn e a percussionista Ikue Mori. Durante quase duas décadas a trabalhar ininterruptamente: criou grupos como Massacre (com Bill Laswell e Fred Maher), Skeleton Crew (com Cora e Parkins) ou o seu sexteto Keep the Dog, escreveu para dança, cinema e teatro, tocou baixo em Naked City de John Zorn e violino em Lars Hollmer’s Looping Home Orchestra, e ainda participou em álbuns dos Residents, Brian Eno, Amy Denio e René Lussier.
É da sua vivência e permanência nos Estados Unidos que surge o trio que Fred Frith criou em 2013. Ao lado do guitarrista, encontramos o baixista Jason Hoopes e o baterista Jordan Glenn, ambos figuras ativas na cena experimental de Oakland e ambos integrantes de Jack O’The Clock. Depois de diversas e longas digressões, estreiam-se nos discos em 2016 com Another Day in Fucking Paradise, lançando dois anos mais tarde, Closer to the Ground, ambos aclamados pela crítica internacional. Em 2021, lançam Road, um disco gravado ao vivo que conta com a colaboração da saxofonista dinamarquesa Lotte Anker e da trompetista portuguesa Susana Santos Silva, com quem já tinham colaborado ao vivo num concerto no Brasil.
Fred Frith – guitarra
Jason Hoopes – baixo
Jordan Glenn – bateria
Classificação etária: m/6