Os seus concertos a solo são, maioritariamente, improvisados, o que significa, compostos e interpretados no mesmo tempo e lugar. A improvisação pode, paradoxalmente, ter origem em diferentes fontes. João Paulo diz que maior e mais desejável é “nada”: mas como o “nada”, às vezes, não está disponível, o processo tem de assentar em memórias, canções, experiências de vida, quadros e poemas, às vezes escondidos dentro do piano, “como uma oração secreta”.