Em ressonância direta com “onironauta” (2020), “Madmud” faz-nos mergulhar literalmente na esfera musical e poética de Tânia Carvalho. Através da voz e do piano, destila uma fluidez cativante, onde pairam ondas de melancolia e tumultos tenebrosos. Criadora de uma obra que se movimenta entre coreografia e música, entre dança e desenho, ao longo de quase duas décadas, Tânia Carvalho foi trilhando o seu caminho: de forma ponderada e cada vez mais multidisciplinar; cultivando uma lentidão refinada, gerando universos obscuros – e por tudo isso profundamente fascinantes.