Contribuindo para a legitimação do título de Braga como Cidade Criativa da UNESCO no domínio das media arts está o sucesso internacional do festival SEMIBREVE, os históricos Encontros da Imagem, a oferta artística e formativa do gnration, e o crescente número de artistas a operar nesta área, mas também o OCUPA, evento promovido pela cooperativa AUAUFEIOMAU com apoio do Município de Braga e gnration. Propondo uma perspetiva sobre a produção artística nos domínios da música eletrónica e arte digital, protagonizada por artistas oriundos ou residentes em Braga, o OCUPA apresentou já cinco edições de sucesso. Para a sua sexta edição, apresenta um programa de concertos, instalações e conversas, onde artistas locais e figuras de referência nacional se cruzam.
Programa
16 dez · quinta
22:00 · música · blackbox · clube de inverno, com paulo furtado e rodrigo areias
17 dez · sexta
19:00‑23:00 · instalação · sala de formações · limbo, por joão carlos pinto e sarah degenhardt
19:00 · conversa · sala multiusos · scanner
22:00 · música · blackbox · fura olhos
18 dez · sábado
10:00‑19:30 · instalação · sala de formações · limbo, por joão carlos pinto e sarah degenhardt
17:30 · sala multiusos · pedro sousa e daniel martinho
18:30 · música · blackbox · scanner + adrina romero + joana patrão
Concerto · clube de inverno com paulo furtado e rodrigo areias
Apresentação pública do Clube de Inverno, espaço informal de encontro, para exploração e improvisação nos domínios do som e imagem. Nesta sexta dição, o Clube de Inverno será conduzido pelo músico Paulo Furtado (The Legendary Tigerman) e pelo cineasta Rodrigo Areias.
Instalação · limbo, por joão carlos pinto e sarah degenhardt
LIMBO resultou da colaboração entre João Carlos Pinto, artista vencedor de Braga da iniciativa City to City 2020, e Sarah Degenhardt, vencedora da cidade de Karlsruhe na Alemanha. Trata‑se de uma viagem única pelas perceções da paisagem num espaço digital e abstrato. As flutuações entre as perspetivas micro e macro referem‑se às relações humanas com a natureza e o planeta. As transições no nosso ambiente são lentas para a nossa perceção, mas constantes e difíceis de reverter. Ao usar a lentidão extrema, os artistas não quiseram apenas referir‑se a esse facto, mas também colocá‑lo em contraste com os anúncios e os imperativos que se movem rapidamente e nos cercam na nossa vida diária e na nossa relação com os media. Desenvolvida como uma instalação em larga escala, as dimensões das projeções, juntamente com explorações de batimentos binaurais e espectros de frequência específicos, unem‑se como uma experiência física.
Conversa · scanner
Scanner é o pseudónimo do consagrado produtor de música eletrónica e artista multimédia Robin Rimbaud. Desde 1991, é uma figura ativa na arte sonora, produzindo concertos, instalações e gravações. Os álbuns Mass Observation (1994), Delivery (1997) e The Garden Full of Metal (1998) foram aclamados pela crítica como trabalhos inovadores e inspiradores na eletrónica contemporânea.
O trabalho de Rimbaud pode também ser ouvido em dezenas de peças de dança como Nightfall, o primeiro espetáculo de ballet virtual do mundo. É autor de desenhos sonoros encontrados em objetos e locais inesperadas, como o despertador Wake up Light da Phillips, o sistema de telefones da Cisco e ainda a Salles des Departes de uma morgue de Paris.
Colaborou com diversos artistas de referência como Bryan Ferry, Wayne MacGregor, Mike Kelley, Torres, Michael Nyman, Steve McQueen, Laurie Anderson, Hussein Chalayan, entre muitos outros.
Concerto · fura olhos
Fura Olhos é o duo formado por Miguel Pedro e Inês Malheiro. Fruto do baú de composições de Miguel Pedro, com vozes e bitaites de Inês, Fura Olhos são canções quebradas, entrópicas, inspiradas nas melodias do granizo e no ritmo inconstante do vento. Miguel Pedro é multi‑instrumentista, compositor, produtor e fundador das bandas Mão Morta, Mundo Cão, Palmer Eldritch e Governo, entre outras. Inês Malheiro cria contextos sonoros usando a voz como matéria‑prima, sejam eles improvisados ou premeditados.
Concerto · pedro sousa (cody xv) e daniel martinho
apresentam sin.obj
Símbolo, Sinal e Objecto é um trabalho em seis partes para sintetizador modular, que recorre a diferentes metodologias que envolvem a captura de áudio, processamento, síntese e interpretação, entre outros, resultando numa performance apresentada ao público em sistema quadrifónico. Da sua transversalidade na atualidade e história da sociedade, o Sino torna‑se ponto central desta obra enquanto símbolo, sinal e objeto. São temas de consideração as suas dimensões culturais, sociais e a linha temporal entre a criação do objeto e o significado atribuído pela utilização do mesmo nos diversos contextos da sociedade, assim como parte de um ecossistema.
Concerto · scanner + adriana romero + joana patrão
Há 30 anos que Scanner (nome artístico de Robin Rimbaud) está ativo na arte sonora. O seu trabalho conta com a produção de álbuns aclamados pela crítica, designs sonoros de objetos do quotidiano, dezenas de peças de dança e até instalações sonoras permanentes numa casa residencial e numa morgue. No OCUPA, Scanner apresenta um concerto acompanhado pelos visuais das artistas Adriana Romero e Joana Patrão, que como dupla assinaram os projetos Monte Olimpo (2016), Sobre a noite cósmica (2017), Ceráunia (2019) e Livro das transfigurações VI (2020), este último uma série de peças sonoras, vídeo, imagem e texto sobre simulacros e metamorfoses, desenvolvido a convite do gnration.
16 + 17 + 18 dezembro, quinta, sexta e sábado
Clube de inverno gratuito
Concerto 5 euros
Conversa e instalações gratuito
Classificação etária m/6 anos
Parceiros auaufeiomau, município de braga, braga media arts
Bilhete diário 5 euros
Bilhete geral 7,5 euros