Diogo Freitas e Filipe Gouveia dão as boas-vindas a Vila Cheia, a capital de um país ficcionado, onde não existem leis ou muros que impeçam a entrada. Aqui, o sistema de saúde é eficaz e melhorará com a construção do novo hospital. As visitas aos monumentos de ferro e betão são das principais atrações. As ruas estão salvaguardadas pelos robots da FIA (Força de Inteligência Artificial), que garantem a segurança. As únicas desvantagens são o declínio do sistema político cada vez mais corrupto e a comida que poderá ter sabor a ração de cão. Uma proposta de leitura histórica, social e política da sociedade atual e da imaginada no futuro, com os olhos e ouvidos no passado. Ecoando em tempos de inverdade e ineficácia, o espetáculo assume-se como um grito de uma geração, tanto para fora como para dentro de si própria, um apelo à vivência plena da democracia, não a tomando como garantida ou assunto de outros.