“O que está em causa é o próprio teatro. A sala, os artistas e o público. É o palco (casa dos Atores), onde se desnudam e exibem a sua própria solidão. Personagens asfixiadas por ideias de Cidade a investirem contra o abandono. O desamor, como a estratégia que resta para a sobrevivência. A Mãe, a Filha, o Escritor dramático, a Criada, não estão apenas sós, uns contra os outros. Eles exibem, também, numa nudez “despudorada” os mecanismos dos cérebros. Num crepuscular “quadro de família” emerge a figura da Mãe que faz o caminho da Vida procurando a Morte. A sua e a dos outros. Ela, que só desejava ver o mar e perceber as marés”.