Entre o discurso corporativo-reivindicativo e a fuga para a sala de aula, entre o confronto com a performatividade e as saudades de uma idade de ouro dos “mestres”, entre o fatalismo derrotista e as ilusões heróicas, é possível um profissionalismo docente que se (re) construa na afirmação de uma agência ecológica dos professores, na promoção de lideranças distribuídas, na construção de dinâmicas colaborativas, na importância da socialização organizacional, na valorização da agenda relacional da docência e na consciencialização profissional e social de uma profissão que tem tanto de técnico e racional como de político e ético. Em suma: se esta obra nos mostra onde mora o “perigo”, convida-nos também a fazer os caminhos onde cresce a “salvação”, pois, hoje mais do que nunca, ser professor em plenitude de sentido é uma tarefa que, afinal, é preciso começar de novo, sempre e uma vez mais. (…)