Mosteiro de Tibães

Mosteiro de Tibães, vista do interior do edificado monástico

O Mosteiro de Tibães é um dos edifícios mais antigos da cidade de Braga. A sua origem remonta ao final do longínquo séc. X e início do séc. XI. Ao longo do tempo, o mosteiro foi-se transformando e alcançou enorme notoriedade e poder quando, em 1110, recebeu a Carta de Couto – carta de doação da terra à Igreja – de D. Henrique e D.ª Teresa, pais do primeiro Rei de Portugal e sepultados na Sé de Braga.

Durante o século XVI tornou-se na “Casa Mãe” da congregação de São Bento em Portugal e no Brasil, sublinhando a importância do mosteiro a nível nacional.

No séc. XVII, o velho mosteiro românico dá lugar à construção de grande parte do complexo que hoje existe – igreja, portaria, recibo, dormitório, hospedaria, livraria, sala do capítulo e claustro do cemitério.

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Mas a singularidade deste local enquanto peça fulcral para a cultura de Braga não se limita ao seu património edificado e história. O Mosteiro de Tibães funcionou como centro de formação de arquitetos, entalhadores, douradores, imaginários e escultores, muitos deles intervenientes ativos na construção dos edifícios erguidos no séc. XVII, homens respeitados pelo seu contributo extraordinário à Arte portuguesa.

Visitar o mosteiro torna-se, por essa razão, uma jornada pela história religiosa mas também arquitetónica de Portugal. A igreja é um expoente do Barroco, com trabalhos de arquitetos como Manuel Álvares e André Soares – este último responsável também por obras como o Arco da Porta Nova ou a cabeceira da Sé de Braga.

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Depois da extinção das ordens religiosas em 1834, o mosteiro fecha e o seu recheio e edifícios são vendidos em hasta pública. E este processo de degradação e ruína dura décadas.

Porém, o infortúnio a que foi sujeito termina em 1986, quando o Mosteiro de Tibães é adquirido pelo Estado Português, que rapidamente dá início ao projeto de restauração. Estes acontecimentos fazem do Mosteiro de Tibães uma obra genuína, marcada pelo tempo, e simultaneamente um símbolo de esperança, em virtude da recuperação que em tempos parecia perdida.

Vista da fachada da igreja do Mosteiro de Tibães

Vista a partir dos Claustros do Cemitério

Vista do Mosteiro de Tibães a partir dos jardins

 

Informações úteis

MOSTEIRO DE TIBÃES
Rua do Mosteiro
4700-565 Mire de Tibães, Braga

+351 253 622 670 | +351 253 623 950
msmtibaes@culturanorte.pt | sec.msmt@culturanorte.pt
Ver website oficial do Mosteiro de Tibães

Terça a domingo
Abril a Outubro: 10H00-19H00
Novembro a Março: 10H00-18H00
(*) exceto: 1 de Janeiro, Dia de Páscoa, 1 de Maio, 24 de Junho e 25 de Dezembro

Bilhete normal: 4 €
Estudantes/Cartão Jovem/A partir dos 65 anos: 2 €
Gratuito no primeiro Domingo de cada mês

Cerca Conventual: 1,50 €
Gratuito no primeiro Domingo de cada mês para visitas individuais ou grupos até 12 pessoas, inclusive.

Bilhetes-Circuito (validade 8 dias)
Mosteiro + Cerca de S. Martinho de Tibães + Museu Alberto Sampaio ou Paço dos Duques, em Guimarães – 10 €;
Museu D. Diogo de Sousa + Museu dos Biscainhos + Mosteiro de São Martinho de Tibães – 7 €

 

Comentários

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1 Comment

  1. says: Narciso Tibães

    Ora bem isto acaba por ser engraçado não sei como nem porquê mas na minha descendência sempre todos tiveram como sobrenome ” TIBÃES ” No ano de 1967 estava eu na tropa quando um camarada meu entra pela caserna a dentro com um jornal na mão a dizer….Então Tibães tu tinhas um convento e não dizias nada?!…Bem fomos ver a noticia e dizia que o Convento de Tibães estava á venda. A partir dessa data é que fiquei a saber que lá perto de Braga havia um convento com o meu nome (fiquei curioso) pois já o meu Avô tinha como sobrenome ” TIBÃES ” assim como o meu pai e segundo ele me dizia já o meu bisavô tinha. Agora a minha curiosidade era saber como o nome desse convento veio a fazer parte do nome de toda a minha família. Toda essa minha família morou e eu mora no concelho de Mangualde Viseu bem longe ai de Braga….Será que alguém me poderá ajudar a descobrir este mistério?….

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