Museu da Imagem

Fundado em 1999, numa das torres da antiga muralha medieval, o Museu da Imagem de Braga surgiu com o objetivo de colecionar e preservar uma memória visual que permitisse mostrar a evolução da fotografia e da cidade de Braga. Este Museu, que pode visitar durante todo o ano e com entrada gratuita, fica no Campo das Hortas, junto ao Arco da Porta Nova, entre a porta nº 35 e a 37.

O projeto de recuperação arquitetónico esteve a cargo do arquiteto Sérgio Borges e foi idealizado de forma a manter a estrutura original do edifício, sendo possível retirar tudo o que se encontra no interior sem danificar a torre da antiga muralha.

Com um espólio de 210 mil películas antigas, em placas de vidro e celulóide, e diversas máquinas fotográficas históricas, o Museu da Imagem representa um verdadeiro paraíso para quem gosta de fotografar ou apenas apreciar boas imagens.

O espólio de fotografias antigas que o Museu possui pertenciam à Casa Pelicano e Casa Aliança, duas grandes casas de fotografia em Braga, que traziam muitas pessoas à cidade para visitar as exposições e contratar fotógrafos para casamentos e funerais. A Casa Pelicano, fundada em 1929, costumava expor imagens da época e relacionadas com as festividades da cidade, sendo considerada o “templo da fotografia de Braga”.

O Museu está sob a tutela da Divisão da Cultura do Município de Braga e as exposições são planeadas tendo em conta a Defesa da Identidade Bracarense. Ao longo do ano as exposições são divididas entre a apresentação de fotografias pertencentes ao arquivo e trabalhos de fotógrafos portugueses e estrangeiros.

Em média, cada exposição permanece no Museu entre um a dois meses e demora certa de uma semana a montar uma nova exposição. As inaugurações acontecem sempre à sexta ou sábado, por volta das 18h00, com a presença do autor, de um representante do município, da direção do museu e alguns convidados.

O Museu da Imagem recebe cerca de 10 000 visitantes por ano, maioritariamente portugueses, ingleses e espanhóis. Em apenas 30 minutos é possível percorrer os 50 espaços disponíveis para exposição, divididos pelos 3 andares da torre, descobrir algo novo sobre a história e as tradições da cidade de Braga ou algum fotógrafo que desconhecia.

Ao longo do ano são exibidas inúmeras exposições, sendo também um dos palcos dos Encontros da Imagem, um evento dedicado à fotografia que se realiza durante o mês de Setembro e ocupa vários edifícios históricos, museus e galerias da cidade, onde estão patentes diferentes exposições, todas centradas no tema escolhido para a edição.

Do conhecimento de poucos, o museu possui uma biblioteca que conta com cerca de três mil livros sobre fotografia e imagem, muitos deles já indisponíveis para compra, e quase todos oferecidos por fotógrafos portugueses e estrangeiros. A biblioteca e o espólio de imagens antigas encontram-se acessíveis para consulta e digitalização, sendo a digitalização gratuita para fins académicos e de investigação.

No cimo da Torre Medieval podemos encontrar um terraço com uma vista privilegiada para os principais monumentos da cidade de Braga: Sé, Arco da Porta Nova, Igreja do Pópulo, Campo das Hortas e Museu dos Biscainhos. A partir deste terraço também podemos ver a árvore mais velha registada em Braga, uma tulipeira com cerca de 275 anos que se encontra no jardim do Museu dos Biscainhos.